terça-feira, junho 08, 2010

Confissões de um passado sem medo

Seria essa uma razão para viver? O amor é assim tão forte? Todo esse tempo, esperei para que encontrasse a estrela que caiu do céu por mim. Eu vivia em desespero, não tinha caminho para seguir, ia em frente sem entender muito o porque. Amigos iam e vinham, não posso fazer poucos deles, pois foram eles, aqueles que me ajudaram e me estenderam a mão quando cai, tentaram por muito até desistirem, não os culpo, te amava muito pra te deixar e talvez tenha levado isso aos extremos.
Agora, em pé, limpo a sujeira de minhas vestes, olho o horizonte e lembro, não para me arrepender, mas para entender o que passei, o porque das lágrimas que talvez nunca acabaram, o porque de tanta tristeza que parecia nunca desaparecer e o porque de toda aquela dor que me lembro muito bem. Sim, chorei por você, me senti triste por aquele sentimento tão belo ter acabado e senti dor para entender que ainda te amava, aquele sentimento ainda existia em mim, talvez por esperança, talvez por ser irresistivelmente bom, não sei, mas infelizmente, aqueles amigos, os que iam e vinham, também sentiram essa tristeza, partilharam-na comigo.
Talvez, meu sorriso volte a ter algum sentido, talvez eu olhe para o passado e ele não pareça esse vazio em minha alma, preciso de um sentido, preciso de descanso, já derramei lágrimas demais, outras coisas já aconteceram, não foram tão destruidoras, nem tão corrosivas, o tempo não parou por mim, porque deveria ter feito o mesmo por ele?
Não desisti do amor, não desisti de amar, acho que apenas preciso de um tempo para entender melhor este sentimento tão puro que dói tanto por sermos tão impuros. Ainda sinto seu cheiro em todos os cantos, sinto o seu sabor em tudo, sinto sua ausência, me sinto solitário até mesmo com amigos ao meu lado, me sinto vazio, me sinto mais uma vez, o ser imperfeito que sou...

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